sexta-feira, 25 de novembro de 2011

VÍTIMAS DE SI MESMOS

Não deixe o que foi, nem o que há de vir, prejudicar o que é na sua vida.

Quando as coisas vão mal, costumamos ficar confusos quanto ao cuidado e amor de Deus. Questionar não significa que sejamos incrédulos - significa que somos apenas seres humanos normais. Quando feridos, costumamos questionar. Sócrates disse que toda filosofia começa com um questionamento. É isso que nos difere das demais criaturas. Os animais sofrem dor, mas nós humanos somos os únicos que refletimos sobre ela. Não só sentimos dor, mas também nos sentimos confusos. Choramos e questionamos o motivo do nosso choro.

Porém, nosso choro e questionamento não podem nos tornar vítimas do nosso passado. Aos 70 anos, o famoso ator Marlon Brando disse:Se eu tivesse sido amado e criado de maneira diferente, teria sido uma pessoa diferente…”

Um dos mais sérios problemas que temos é essa expressão: “Ah, se fosse diferente. Essa expressão nos remete ao passado. Ficamos presos a algo lá trás. E, quando algo nos prende, somos vítimas e não protagonistas da nossa história. E, quando sou vítima, algum culpado existe. Um pensamento assim nunca leva a nada, senão a piorar uma situação que já não é boa. Esse pensamento que nos torna reféns do passado, não nos ajuda a vencer um mau hábito, a abrir uma porta que se fechou. Esse pensamento nunca traz de volta um dia perdido, nunca restaura um sonho desfeito, pelo contrário, reforça o desapontamento por ele deixado. Esse pensamento dá um basta a possibilidade de mudança e cerra a tampa do caixão sobre quaisquer esperanças.

Quando dizemos: “Ah, se tivesse acontecido de outro jeito”, estamos desperdiçando energias, concentrando-nos em eventos passados que não podemos alterar. Com isso, a habilidade de enfrentar a realidade do presente fica perdida e a concretização de boas coisas no futuro fica comprometida.

Como Marlon Brando falou: Se eu tivesse tido uma melhor educação e experimentado o amor, não seria o que sou. Na verdade, o que ele tentava dizer é: Não é minha culpa eu ser do jeito que sou. Sou uma vítima. Agora é tarde pra mudar.

O livro, “Cartas do Inferno” de C.S. Lewis, traz uma suposta série de cartas imaginárias do tio Murcegão – um experiente demônio graduado que se encontra no inferno. Nelas ele aconselha seu sobrinho Cupim, um demoniozinho jovem que está começando seu trabalho na terra.

Ele diz assim: “Os seres humanos vivem no tempo, mas nosso inimigo (Deus) os destina à eternidade. Creio, portanto, que ele almeja que os homens se preocupem com duas coisas – a própria eternidade e o instante do tempo chamado presente, porque o presente é o ponto no qual o tempo toca a eternidade. Então Cupim, nosso trabalho é conseguir que eles não queiram nada com a eternidade e procurem jogar fora o tempo presente. Vamos fazer com que se amarrem ao passado. Vamos fazê-los também se preocuparem com o futuro. Então conseguiremos com que fiquem a entreter-se com irrealidades, porque, o passado já passou, e o futuro ainda não chegou”.

Um conselho pra você: quanto ao passado: ACEITE-O. Quanto ao futuro: PROJETE-O NA PRESENÇA DE DEUS.

Não seja uma vítima de si mesmo.

Um comentário:

  1. Parabéns Reverendo. Que O nosso grande Deus e Pai, possa abençoar, DIUTURNICAMENTE, este projeto, e, nossa oração é que alcance todos os projetos d'Ele, primeiramente, concomitantemente extensivos aos seus na vida de muitas pessoas, especialmente a quem Ele chamar.

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